Valorizar nossas relações, nosso cotidiano e olhar com coragem e profundidade para dentro estão entre as ações que nos tornam mais realizados
Há quem acredite que a felicidade é como o pedaço da cenoura na frente do cavalo: inalcançável.
Nós acreditamos que felicidade é uma construção diária, que envolve, mais do que perseguir sonhos e metas, reconhecer o que já temos de valioso e cultivar a gratidão todos os dias.
Segundo Tal Bem Shahar, especialista em psicologia positiva e doutor em Psicologia e Filosofia pela universidade de Harvard, a felicidade é uma relação entre 5 componentes: o bem-estar físico, emocional, relacional, intelectual e espiritual.
E aqui é importante fazer uma distinção: alegria e felicidade não são a mesma coisa. Enquanto a primeira se trata de gratificação momentânea, a segunda fala sobre uma condição mais perene.
Então, antes de se questionar sobre como você pode ser mais feliz, faça-se as seguintes perguntas:
- Estou satisfeito com as minhas relações mais íntimas? O que posso fazer para melhorá-las?
- Estou dedicando tempo ao meu autocuidado? Estou cultivando meus projetos pessoais?
- Gosto da minha profissão? Estou na carreira que sonhei?
- Estou satisfeito com a minha situação financeira? Tenho uma relação saudável com o dinheiro?
- Consigo nutrir sentimentos positivos a respeito de mim mesmo?
- Estou satisfeito com a minha saúde e com a minha forma física?
- Eu me sinto seguro, amado e acolhido?
Claro, ninguém tem a obrigação de ticar todos os itens da lista. A ideia aqui é reconhecer quais são os pontos fortes e a melhorar da sua vida – relações, carreira, saúde física e mental, situação financeira, lazer, cuidado pessoal – e buscar o equilíbrio.
Tarefa fácil? Não! Mas é um começo interessante, certo?
Entender que a vida é cíclica, tem altos e baixos e que as coisas não estão no nosso controle ajuda a manejar nossas expectativas, em vez de buscar uma suposta felicidade a qualquer custo, baseada no que vemos no Instagram alheio – esse é um tiro que pode sair pela culatra, gerando mais sentimentos de ansiedade, frustração e culpa.
Deu para entender que quando falamos de felicidade, estamos propondo um mergulho muito mais profundo e complexo em nós mesmos e nas questões que são caras para nós, né? E isso inclui os momentos difíceis que vivenciamos – afinal, é justamente nesses que perdemos a conexão com o nosso ideal de felicidade.
E eis o pulo do gato: para sermos realmente felizes, precisamos encarar nossos medos e chegar nas nossas verdades. O que nos ajudará a responder (e a solucionar) as questões ali em cima.
Vamos nessa? Desejamos um 2021 leve, iluminado, cheio de questionamentos, evolução, aprendizados e felicidade!